quarta-feira, 11 de maio de 2011



Revolução Haitiana, também conhecida por Revolta de São Domingos(1791-1804) foi um período de conflito brutal no colônia de Saint-Domingue, levando à eliminação da escravidão e a independência do Haiti como a primeirarepúblicagovernado por pessoas de ascendência africana. Apesar de centenas de rebeliões ocorridas no Novo Mundo durante os séculos de escravidão, apenas a revolta de Saint-Domingue, que começou em 1791, obteve sucesso em alcançar a independência permanente, sob uma nova nação. A Revolução Haitiana é considerada como um momento decisivo na história dos africanos no novo mundo.
Apesar de um governo independente foi criado no Haiti, a sociedade continua a ser profundamente afetada pelos padrões estabelecidos sob o domínio colonial francês. Os franceses criaram um sistema de governo da minoria sobre o pobre analfabeto usando violência e ameaças. Como muitos fazendeiros tinham previsto para os seus filhos mestiços por mulheres africanas, dando-lhes educação e (para homens) e formação entrée para os militares franceses, os descendentes de mulatos tornaram-se a elite no Haiti após a revolução. Na época da guerra, muitos usaram seu capital social para adquirir riqueza e alguns terrenos já adquiridos. Alguns tinham mais identificado com os colonos franceses que os escravos, e associada em seus próprios círculos. Sua dominação da política e da economia depois da revolução criou outra sociedade de duas castas, como a maioria dos haitianos foram os agricultores de subsistência rural.  Além disso, o futuro da nação ainda nova foi literalmente hipotecada aos bancos franceses em 1820, como ele foi forçado a fazer reparações em massa para os proprietários de escravos francês, a fim de receber o reconhecimento francês e acabar com o isolamento político e econômico da nação. Estes pagamentos tornaram permanentemente afetada a economia do Haiti e de sua riqueza.
Entenda melhor:





7-Simón Bolívar:
Revolucionário sul-americano nascido em Caracas, no Vice-Reinado de Nova Granada, posteriormente Venezuela, que dedicou sua vida à luta contra a presença espanhola na América do Sul. Filho de família ilustre e abastada, fazendeiros de origem espanhola, tornou-se órfão aos nove anos e foi entregue a um tio, Carlos Palacios, e aos cuidados maternais de uma negra, Hipólita, a quem dedicou afeição filial. Foi educado sob os cuidados de Simón Carreño Rodríguez (1771-1854), pedagogo revolucionário, que lhe infundiu o amor à liberdade. Viajou para a Espanha (1799), para completar seus estudos. Após visitar México, Havana e Paris, chegou a Madri, onde casou-se (1801) com uma nobre, Maria Teresa del Toro y Alaysa, que infelizmente morreu em Caracas, um ano depois. Iniciou (1804) nova viagem pelos Estados Unidos e Europa e, em Paris, assistiu à coroação de Napoleão I, e aproximou-se das doutrinas de Rousseau, Montesquieu e Voltaire, e conheceu Alexander von Humboldt. 

Ao retornar à Venezuela (1807), já consciente da inevitável luta pela independência das colônias espanholas, participou de reuniões secretas em residências de famílias tradicionais que eram favoráveis a esses movimentos. Teve participação ativa na formação da Junta Suprema de Caracas (1810) e foi nomeado coronel de milícias. Viajou a Londres em missão diplomática, com a finalidade de conseguir fundos e ajuda para a revolução, mas não teve êxito, porém encontrou e voltou acompanhado de Francisco Miranda, chefe de uma anterior e malograda tentativa revolucionária (1806). Após o Congresso Nacional declarar a independência da Venezuela (1811), Miranda foi nomeado generalíssimo e ele encarregado da defesa da posição estratégica de Puerto Cabello. 

Traido de um oficial, as forças espanholas prenderam Miranda (1812) e ele refugiou-se em Caracas, onde conseguiu um salvo-conduto para Curaçao. alguns meses após chegou com outros companheiros a Cartagena, em Nova Granada, a atual Colômbia, e publicou o documento conhecido como Manifesto de Cartagena, no qual pregava a união dos revolucionários, condenava as debilidades do federalismo e pedia o fim do poder espanhol na Venezuela. O governo republicano de Cartagena o encarregou (1813) de comandar uma expedição militar à Venezuela. Inicialmente vitorioso recebeu o título de Libertador, porém, alguns meses, setores do clero unidas às classes mais baixas da população índia e mestiça, derrubaram o governo republicano, obrigando-o a se refugiar na Jamaica, onde redigiu a Carta de Jamaica, reafirmando sua confiança na causa da emancipação dos povos americanos. Tentou uma aproximação com os ingleses, que não lhe deram ouvidos. 

Após nova tentativa que contou com o apoio material do presidente do Haiti, Alexandre Petion, foi derrotado novamente (1816), refugiando-se agora no Haiti. Nova campanha libertadora foi iniciada pela região do Orenoco, desta vez com o apoio dos llaneros, guerrilheiros sob o comando de José Antonio Páez, e milhares de legionários europeus enviados em seu auxílio. Reunidos em Angostura (1819), com os deputados das províncias venezuelanas, expôs seu plano político, depois de converter a cidade em sede do governo e capital provisória da república. Apresentou um projeto de constituição onde propunha a criação de um grande estado, mediante a união da Venezuela, Nova Granada e Quito, o hoje Equador, sob o nome de Grande Colômbia. Nos três anos seguintes obteve sucessivas vitórias, atravessou os Andes, conseguiu o triunfo decisivo em Boyacá (1819), e três dias depois entrou vitorioso em Bogotá. 

Em dezembro do mesmo ano, o Congresso de Angostura aprovou a criação da República da Colômbia, da qual o Libertador foi nomeado presidente. Firmou o armistício de seis meses (1820), em Santa Ana, com o general espanhol Pablo Morillo. As hostilidades recomeçaram no ano seguinte, mas os realistas foram derrotados definitivamente na batalha de Carabobo (1821), o que pôs fim ao domínio espanhol na Venezuela. O Congresso promulgou a constituição definitiva da Colômbia e ratificou a presidência do herói. Em maio do ano seguinte, depois das batalhas de Bomboná e Pichincha, Quito capitulou e o território equatoriano foi integrado ao da república colombiana. Em 26 de julho, ele e o general José de San Martín reuniram-se em Guayaquil, para decidir o destino do Peru, onde ainda havia tropas espanholas. O seu ponto de vista prevaleceu e o chefe argentino renunciou a qualquer pretensão sobre o Peru. 

As vitórias de Junín (1824) e de Ayacucho (1824), esta última comandada por Antonio José de Sucre, seu lugar-tenente, terminaram definitivamente com o poderio espanhol no continente sul-americano. Embora o congresso para promover a união das repúblicas hispano-americanas realizado no Panamá (1826), seu último ideal, tenha fracassado, o herói chegara ao ponto culminante de seu poder: era presidente da Colômbia, chefe supremo do Peru e presidente da Bolívia. Todavia, as aspirações regionalistas não tardaram a promover a desagregação da grande nação idealizada e, progressivamente, a situação tornou-se insustentável. 

Foi obrigado a renunciar à presidência vitalícia do Peru (1828), a Bolívia se tornou independente (1829) e, pouco depois, a Venezuela se separou da Grande Colômbia. Com o assassinato de Sucre (1830), a saúde minada pela tuberculose, sem recursos e sem apoio político, foi acolhido por seu amigo espanhol Joaquín de Mier, na quinta de São Pedro Alexandrino, perto de Santa Marta, Colômbia, onde morreu em 17 de dezembro (1830), após 47 anos de vida. Seu corpo foi trasladado por Páez para Caracas, onde repousa no Panteão Nacional. 



1-A independência da América Latina


Durante o século XIX, a América Latina sob o governo da coroa da Espanha iniciou o processo de independência dos diversos territórios.


Para as elites da América espanhola, representada pelos criollos (descendentes de espanhóis nascidos na América) o importante era romper com a metrópole monopolista, que lhes dificultava as transações mercantis, sobretudo com a Inglaterra.


apoio inglês foi decisivo para a emancipação latino-americana, interessada na ampliação de mercados para seus produtos industrializados. Também a Doutrina Monroe, instituída pelos Estados Unidos, que se definiu na seguinte frase “A América para os americanos”, ajudou a consolidar a independência latino-americana, ao apoiar a guerra de libertação dos criollos.


Foi entre 1817 e 1825 que se processou a revolução vitoriosa que libertou a maioria dos países latino-americanos. Seus líderes foram Simon Bolívar e José de San Martín, que percorreram quase toda a América Latina.


Simon Bolivar, monumento de 1859, localizado na Praça do Congresso, Lima, Peru.

Bolivar, o Libertador, era um exemplo da elite criolla. A partir da Venezuela, partiu para o Peru e daí para o Sul, comandando a libertação da América Latina.


A Argentina proclamou sua independência em 1816, concretizando o processo com os êxitos militares de San Martín. A partir da Argentina, San Martín, comandando 5 mil homens no chamado Exército dos Andes, marchou para o Norte, libertando o Chile. Dirigindo-se para o Peru, principal centro de resistência espanhola, acompanhado pelo mercenário inglês Lord Cochrane, San Martín alcançou e libertou Lima.



Embora acabassem com o pacto colonial e obtivessem sua liberdade política, os novos Estados latinos assumiam uma nova forma de dependência econômica, agora com os interesses do desenvolvimento capitalista, sobretudo o inglês, fornecendo matérias-primas à Inglaterra e consumindo seus produtos manufaturados.